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Tuba
Existem tubas de vários tamanhos: tenor (também chamado de eufónio), baixo e contrabaixo. Desde o seu aparecimento, na primeira metade do século XIX, logo foi incorporado nas orquestras sinfónicas. A sua função é dar ritmo e ocupar lugares vagos na música. A tuba é considerada o coração de uma banda, a sua presença faz total diferença em uma peça rasgada. Hoje em dia podemos vê-la em orquestras musicais das igrejas, bandas escolares, entre outras.
Alguns elementos históricos
A tuba é originária do “oficleide”, uma trompa de chaves grave, utilizada por volta de 1800 (século XIX), ainda antes da invenção do sistema de pistões. Este instrumento começou a ganhar popularidade nas pequenas bandas de metais da Grã-Bretanha, onde um antecessor do atual Sousafone, chamado Helicon, era usado devido à sua portabilidade (mais fácil de transportar).
Mais tarde, Richard Wagner utilizaria uma variante deste instrumento (basicamente uma tuba baixo mas com um bocal de trompa), razão pela qual surgiu a chamada Tuba Wagneriana. Em 1860, John Philip de Sousa patenteou um novo tipo de tuba baseado no Helicon, dando origem ao atualmente chamado Sousafone.
Por esta altura, os alemães Johann Moritz e Wilhelm Wieprecht construíram o modelo de tuba que seria o precursor do modelo mais utilizado hoje em dia. Desde esta altura, o design e conceito geral da Tuba permaneceram inalteráveis, mas diversas variantes foram sendo introduzidas, incluindo instrumentos com 4, 5 e 6 pistões, pistões com válvulas rotativas, Sousafones em fibra de vidro (para serem usados em desfiles).
Atualmente, as tubas podem ser encontradas nas mais diferentes formas e combinações. Existem quatro afinações para Tuba. As Tubas Baixas que são afinadas em MIb e FA e as Tubas Contra-Baixas que são afinadas em DÓ e SIb. A Tuba é um instrumento que tem uma extensão muito variada. Pelos tipos que dela são encontrados, a extensão média da tuba é do Dó-1 ao Fá3, podendo variar muito de acordo com a tuba e com quem a executa. Assim, encontramos Tubas com campânulas desde 36 a 77 centímetros de diâmetro, voltadas para cima ou para a frente, lacadas ou cromadas, com pistões normais ou com válvulas rotativas (ou ambos), com 2 até 6 pistões etc. e a variedade é ainda maior se adicionarmos as várias cambiantes dos Sousafones (como por exemplo o raríssimo Sousafone com 2 campânulas).
Nas bandas filarmónicas, cabe às Tubas o fundamental papel de suporte harmónico, uma vez que compõe o naipe de instrumentos que atua no registo grave.
Tipos de Tuba
As Tubas, independentemente dos seus tipos, podem possuir pistões ou rotores (válvulas), que abrem e/ou fecham tubos metálicos e forma a alterar a circulação do ar advindo do sopro e consequentemente alterar a sonoridade. As válvulas são encontradas com mais frequência em Tubas grandes e profissionais e facilitam a troca rápida de notas em músicas que exigem agilidade. Os Tubas menores normalmente são utilizados por aprendizes ou em orquestras que não exijam muita agilidade.
A maioria das Tubas podem possuir 3 ou 4 pistões ou rotores. O 4.º pistão é utilizado para facilitar ao músico adicionar uma quarta em suas notas.
Os tipos de Tubas mais conhecidos são:
Tuba de marcha
Nome dado a tubas com a tubagem horizontal, parecida com a tubagem de um trompete. É colocada sobre o ombro esquerdo do executante, e foi concebida para facilitar o transporte em marchas. Nos Estados Unidos é muito usada em Drum e Bugle Corps e é conhecida como contrabass bugle ou "contra".
Helicon
Nome dado a Tubas com forma circular, envolvendo o corpo do executante, e com a campânula dirigida para a frente. Era muito usado nas bandas filarmónicas de muitos países, como Brasil e França até a chegada do Sousafone. Ainda é muito utilizado em países do Leste Europeu, em especial nas bandas militares austríacas e em bandas de música balcânica, como o grupo Fanfare Ciocǎrlia.
Sousafone
O Sousafone é um instrumento também da família das Tubas de tamanho grande. O seu formato evoluiu a partir do Helicon circular, mas a tubagem termina em “S” e a campânula (também dirigida para a frente) é maior.
A Tuba não é um instrumento transpositor. Essa tradição parte do princípio que todo material escrito para instrumentos graves antes da invenção da tuba (serpentão e oficleide) eram escritos em dó. A existência de instrumentos de tais afinações (Dó, Si, Fá e Mib) apenas é diferenciada pela extensão, ou seja, os limites de alcance de suas notas e sua tessitura (também diferenciada). Em muitas bandas filarmónicas é utilizada na clave de sol como instrumentos transpositores, com a escrita realizada duas oitavas acima.