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Zamburra

Zamburra, Sarronca ou Ronca são os nomes mais conhecidos deste instrumento musical que pode ser integrado na categoria dos membranofones, pois é feito a partir da pele de animais.

É composto, na maioria das vezes, por uma vasilha, geralmente de barro, com cerca de 30 cm de altura e medianamente bojuda (a caixa de ressonância), com a boca revestida de pele, de onde parte uma haste fina de pau ou cana e que ao friccionar-se entre o indicador e o polegar produz um som grave e fundo, quase um ronco, tenebroso ou divertido.

O executante, com a mão molhada, fricciona a cana ou pau, fazendo vibrar a pele e produzir o som característico. É especialmente usado na altura do Natal e do Carnaval, e o Alentejo e a Beira Baixa são as regiões de maior uso tradicional.

Este membranofone de fricção ou friccionado, é um instrumento primitivo, sendo mais conhecido em Trás-os-Montes e Alto Douro e na Beira Baixa como “zamburra”. No fundo, é um tambor feito de uma base de barro ou madeira, que é coberta por uma pele que tem ao centro um elemento fixo, que é esfregado e do qual sai a vibração. Era utilizada em toda a faixa ocidental do norte e também nas regiões pastoris do interior.

Em Trás-os-Montes, por exemplo, ela era utilizada como acompanhamento da guitarra clássica e da rabeca nos encontros de taberna. Na Beira Baixa, a ‘zamburra’ já deixou de ser tocada, mas antigamente era utilizada num cerimonial muito peculiar: durante a Quaresma, as gentes da aldeia iam com ela a casa das pessoas idosas, cantar e tocar numa cerimónia a que se dava o nome de 'serração da velha’.

Este instrumento era ainda utilizado noutras circunstâncias como nas batidas aos lobos feitas pelos caçadores e pastores.

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