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Guitarra Elétrica

A guitarra elétrica (AO 1945: elétrica) é um instrumento musical pertencente à família das cordas, cujo som é sempre amplificado eletronicamente. É um Instrumento de cordas (cordofone), ou seja, o som é produzido manualmente pela vibração das cordas como na guitarra acústica, porém é transformado em sinal elétrico devido a ação de captadores magnéticos (na maioria dos modelos).

Os sinais elétricos podem ser simplesmente amplificados e emitidos por um amplificador que converte os sinais elétricos em ondas sonoras, ou pode ser modificado antes de ser novamente convertido em som pelo amplificador. Pela sua potência sonora e pela possibilidade de alteração eletrónica de diversas características do seu timbre, as guitarras elétricas são utilizadas principalmente no rock, música pop, blues e jazz, podendo ser encontradas ainda em outros géneros musicais.

Modelos de guitarras

As guitarras elétricas podem dividir-se em dois tipos básicos: Maciças e Semi-acústicas.

 

Guitarras maciças

Têm corpos maciços e, na sua maioria, feitos em madeira. Materiais alternativos como acrílico, alumínio e fibra de carbono também são usados. Não possuem caixa de propagação acústica, o seu som natural é pouco intenso e consegue ter mais sustentabilidade na nota. Podem ter o braço embutido ao corpo (quando inteiramente feito de uma única peça de madeira), colado ou ainda aparafusado. Pelo facto de não apresentarem caixa acústica, a madeira com que são construídas é a principal responsável pelo timbre que elas entoarão. As guitarras maciças são preferidas por músicos que necessitem adicionar efeitos sonoros (principalmente distorção) e têm o seu uso mais realizado para produção de músicas dos estilos e derivados do rock como o heavy metal. Os modelos mais conhecidos entre as guitarras maciças são as Fender Telecaster e Stratocaster, as Gibson Les Paul e SG, bem como as guitarras Ibanez, Jackson, ESP, Washburn, muito utilizadas no heavy metal.

 

Guitarras semi-acústicas

São guitarras que possuem caixa de propagação acústica, o seu tamanho é relativamente maior do que as maciças e seu som natural também é mais intenso. A abertura acústica pode causar influência na captação elétrica dependendo do tipo do captador usado (maior influência com captadores passivos e menor, ou nenhuma com captadores ativos). São guitarras mais usadas sem a adição de efeitos e são preferidas por músicos na produção de músicas jazz e blues tradicional.

A guitarra semi-sólida é uma variação desenvolvida para solucionar os problemas de feedback e microfonia indesejados. É o meio-termo entre instrumento acústico e sólido. É dotado de caixa de propagação acústica com uma peça de madeira interna que se estende do braço ao fim do corpo. Assim, o seu som é uma combinação do timbre característico da guitarra acústica com a sustentação do corpo sólido. A primeira guitarra deste género é a Gibson ES-335, fabricada a partir de 1958.

 

Descrição da guitarra elétrica de corpo maciço.

1 - Cabeça, Paleta, Mão ou Headstock

1.1 - Cravelhas/Tarraxas

1.2 - Pestana

2 - Braço e Escala

2.1 - Casas

2.2 - Trastes

2.3 - Marcações

2.4 - Junção braço/corpo

3 - Corpo

3.1 - Captador do braço

3.2 - Captador da ponte

3.3 - Ponte

3.4 - Alavanca do trémulo

3.5 - Chave seletora dos captadores

3.6 - Controles de timbre e volume

3.7 - Jaque/Jack (conector TRS fêmea)

3.8 - Pinos de fixação da correia

4 - Cordas

4.1 - Cordas graves

4.2 - Cordas agudas

 

Captadores

Captadores magnéticos

A maioria das guitarras atuais utiliza captadores desta natureza. O captador de guitarra tem função de transformar as ondas mecânicas produzidas (o som), principalmente produzidas por cordas, em ondas elétricas. Existe uma grande quantidade de tipos e qualidades de captadores no mercado, eles são geralmente classificados tendo em conta as suas características técnicas: quanto à alimentação, dividem-se em captadores ativos e captadores passivos; quanto ao número de bobinas, dividem-se em captadores simples (single-coils), captadores duplos (humbuckings) ou quádruplos (quad-rail); podem ser divididos ainda, quanto ao material magnético, em captadores cerâmicos e captadores de alnico.

Captadores passivos

Não necessitam de alimentação elétrica (fonte de energia elétrica) para funcionarem. Apresentam grande integração com os demais materiais da guitarra. Enorme variedade de timbres e qualidades. Em maioria são de alta impedância e captam interferências diversas com facilidade.

Os captadores são na verdade uma bobina, ou seja, consistem de magnetos enrolados por um fio (coil) criando assim o campo magnético que é perturbado pelas cordas de metal ao vibrarem em frequências diferentes, tal perturbação no campo magnético gera o impulso elétrico que mais tarde é convertido em som (onda mecânica).

 

Captadores ativos

Necessitam de alimentação para funcionarem. Integração reduzida com os materiais da guitarra. Sons uniformes, previsíveis e pequena variedade de timbres. Captam menor interferência por terem menor impedância.

Captadores cerâmicos

São feitos com material mais barato e são mais comuns no mercado.

 

Captadores de AlNiCo

São feitos com materiais mais caros e selecionados, a sua qualidade normalmente é superior aos cerâmicos. O íman dos núcleos são feitos de uma liga de alumínio, níquel e cobalto (Al-Ni-Co). Existem vários tipos de alnico dependendo da percentagem dos componentes em sua mistura. O mais comum em captadores são os AlNiCo II e o V. Magnetos compostos de alnico tendem a soar mais vintage. São também comummente mais caros devido à matéria-prima.

 

Captadores simples (single-coils)

São estruturados apenas com uma bobina. São mais sensíveis às interferências que causam ruídos. Em geral, o timbre resultante tende a ser mais limpo, brilhante, estalado e estridente em comparação com os humbuckers. Um exemplo do uso de captadores single é o timbre das guitarras Fender.

 

Captadores duplos (humbuckings ou humbuckers)

São estruturados com duas bobinas em um só corpo. Normalmente as duas bobinas funcionam em polaridades inversas. Assim cada uma elimina parte do nível de ruído da outra. Essa interação também altera a resposta tonal do captador, o que lhe confere um som diferente daquele produzido por um captador single-coil. Em geral, o timbre resultante tende a ser mais cheio, vigoroso, macio e adocicado em comparação com os single-coils. Um exemplo do uso de captadores duplos é o timbre imortalizado pelas guitarras Gibson Les Paul. Alguns captadores duplos apresentam a mesma aparência externa tradicional dos captadores simples, pois possuem as duas bobinas empilhadas, a exemplo dos modelos HS-2 e HS-3 da DiMarzio e a série Noiseless da Fender.

 

Captadores quad-rail

São estruturados com quatro bobinas em um só corpo.

 

Modificações elétricas

As modificações podem ser inúmeras, de entre as mais comuns são a adição de: distorção, repetição (delay), reverberação, equalização, flange, phaser, wah-wah e chorus. As modificações dos sinais elétricos podem ser feitas por aparelhos eletrónicos próprios como: pedais compactos, pedaleira de guitarra (tais como modelos fabricados pela Boss, Digitech e Zoom), rack de efeitos, efeitos produzidos por computador (Cakewalk Sonar 1, 2, 3, 4, 5; SoundForge, Protools) ou amplificadores de guitarra com efeitos embutidos.

 

Altura

A altura do som produzido depende da relação física entre o comprimento da corda, da sua tensão e da sua espessura. Basicamente, quanto mais curto o comprimento da corda, quanto mais fina a corda ou quanto mais distendida a corda, maior velocidade terão as vibrações, logo, mais aguda será a nota (ou mais alta).

A altura padrão das cordas soltas de uma guitarra (ou a afinação padrão) é igual a da guitarra clássica (das cordas agudas para graves): Mi, Si, Sol, Ré, Lá e Mi. Porém, existem infinitas combinações de afinação das cordas soltas. Existem ainda guitarras com mais de 6 cordas. A sua afinação pode obedecer à razão de intervalos das anteriores ou não.

O guitarrista pode modificar a altura da nota executada de diversas maneiras. A mais comum é pressionar a corda num determinado traste para diminuir ou aumentar o comprimento da corda que vai vibrar tornando a nota mais alta ou mais baixa. Cada traste divide o comprimento da corda numa razão geométrica que altera a altura da nota sempre em semitons (de acordo com o temperamento atual). Outra maneira comum é esticar ou até distender a corda com o uso de técnicas como 'bend' e alavancada, essa técnica tira o temperamento original do instrumento.

 

Intensidade

A intensidade do som produzido depende respetivamente da intensidade de vibração das cordas, da proximidade das cordas do captador magnético, da qualidade e tipo de captador magnético, da quantidade de sinal elétrico perdido nos cabos elétricos, do nível de amplificação elétrica e da qualidade e tipo do alto-falante, dentre outros fatores.

Temperamento musical

A maioria das guitarras elétricas convencionais possuem o braço dividido em trastes que determinam a relação de altura entre as notas. Ou seja, são instrumentos musicais temperados.

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